Portal Trétis – Tudo sobre o Athletico Paranaense

Me chamo Lucas Meireles, sou atleticano do interior de Sergipe (um dia conto como comecei a torcer), estou no Twitter falando do nosso Furacão desde o surgimento da rede social e, com grande prazer, faço minha estreia no quadro de colunistas da Trétis falando de um dos jogos mais emocionantes e importantes da nossa história. Os primeiros noventa minutos da final em Barranquilla nos proporcionaram sensações indescritíveis e que serão ainda mais acaloradas nos noventa minutos finais do dia 12 de dezembro. COMO TINHA QUE SER, tudo ficou para a Arena da Baixada.

 

Os dias que antecederam a final inédita internacional já nos transmitiam a confiança necessária de encarar seja qual for o perfil dos donos da casa. Time e torcida, sincronizados respectivamente no que fazem de melhor, nos trouxeram momentos grandiosos e épicos. Duas vitórias monumentais, em uma mesma semana, no mais importante palco do futebol. Torcida esgotando ingressos, calando estádio e lotando aeroporto. Não tinha como não acreditar que conseguiríamos um bom resultado em Barranquilla, e conseguimos.

 

Não sei se já perceberam mas, fora de casa, o Atlético é sempre muito cauteloso e, com a típica proposta reativa do Tiago Nunes, procura dar liberdade ao adversário, para assim, poder abstrair as fraquezas e crescer, principalmente, na volta do intervalo. Foi assim no Maracanã e não deixou de ser em Barranquilla. Um primeiro tempo cauteloso, marcado, principalmente, pelo contato e jogadas individuais. A equipe do Junior Barranquilla teve mais a bola, mas não promoveu grandes dificuldades ao goleiro Santos. Achei que nossa fraqueza esteve na transição ofensiva, muito pela queda de rendimento do Raphael Veiga. Não tinha como propor o contra-ataque sem um armador “pilhado” que interligasse as linhas de jogo. Só perceber que, logo nos primeiros minutos do segundo tempo, conseguimos o gol inaugural em uma transição perfeita protagonizada pelo Nikão e concluída no poder de decisão do Pablo (para tirar a zica).

 

Tudo parecia perfeito, time adaptado ao campo inimigo e conseguindo impor sua habitual proposta, até a falta de atenção dos defensores (principalmente do Jonathan). Como dizem, não pudemos nem comemorar direito. Com o empate dos colombianos, jogadores resolveram retrair e administrar mais o resultado. As coisas se complicaram, verdadeiramente, com a perda do Pablo. Faltou referência no ataque e paciência em lances cruciais, como em outro erro individual, agora, protagonizado pelo Rony. Pênalti bobo salvo pela trave. Santos fechou o gol garantindo o empate. Foi a tônica de uma acirrada final, como esperávamos.

 

O título da coluna pode até ter trazido um pouco de polêmica, mas, pelo menos em meu caso, preferia mesmo que a maior parte das emoções fossem reservadas para o jogo de volta no dia 12 de dezembro. Jogo este que será o mais retumbante da história da Arena da Baixada. Com grande possibilidade de quebra de recorde de público e garantia da maior festa já vista no estádio. Com muito esforço, percorrerei quase três mil quilômetros para também estar presente na coroação do nosso time de guerra. Confiemos, tudo dará certo.

 

Notas dos jogadores

 

SANTOS: 9, melhor em campo. Fechou o gol e ainda pode ter feito a defesa do título;
JONATHAN: 5, teve atuação sólida, mas falhou infantilmente no gol dos colombianos;
THIAGO HELENO: 7, cresceu nos momentos decisivos e só comprova a boa fase;
LÉO PEREIRA: 7, nosso mais qualificado zagueiro. Seguro e dono da posição;
RENAN LODI: 6, como tem que ser nos jogos fora de casa, não se arriscou. Vai render muito mais na volta;
LUCHO: 6, incansável. Equilibrou o meio e ainda conseguiu apaziguar o ímpeto dos colombianos;
BRUNO GUIMARÃES: 7, nosso termômetro. Time melhorou com seu crescimento no segundo tempo;
RAPHAEL VEIGA: 4, quem mais ficou devendo. Apático, pouco contribuiu em campo;
MARCELO: 6, importante na composição tática. Ainda quebrou o galho como “9” com a saída do Pablo;
NIKÃO: 8, tem jogado demais. Construiu quase tudo no ataque, inclusive a jogada do gol;
PABLO: 7, tirou a zica. Torcer para que esteja apto no segundo jogo da final;
RONY: 4, impreciso. Cometeu o pênalti e não repetiu as últimas boas atuações;
WELLINGTON: 5, em poucos minutos, deu uma maior tranquilidade ao meio;
MARCINHO: 4, entrou mais pelo cansaço do Lucho

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