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Uma notícia que pegou toda a torcida de surpresa e também ao clube foi a confirmação do caso de doping de Thiago Heleno e Camacho. Os atletas teriam sido pegos com uma substância proibida, ingerida como pré-treino, nos jogos da Libertadores. O zagueiro já foi suspenso preventivamente por 60 dias.

 

Para esclarecer a situação, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mário Celso Petraglia, concedeu uma coletiva na tarde desta segunda-feira (13) na Arena. O presidente Sallim não esteve presente pois viajou para a sede da Conmebol no Paraguai para o sorteio das oitavas da competição. Petraglia se disse surpreso pela falha interna e explicou que foi aberta uma sindicância junto a um processo administrativo para saber informações do ocorrido. Ainda não há uma conclusão e nenhuma suspeita pode ser confirmada.

 

O presidente demonstrou estar bastante abalado com a notícia e assumiu a culpa. “Foi a pior notícia que recebi em duas décadas de clube. Já tivemos alguns casos na nossa história, mas nenhum como este. É determinante a instituição assumir a culpa e a responsabilidade da ocorrência e buscar a isenção dos atletas. Eles foram vítimas, lamentavelmente a legislação os obriga a serem penalizados”, lamentou. O dirigente ainda explicou que a substância estava em um suplemento feito por manipulação e que foi colocado à disposição dos atletas sobre a responsabilidade da instituição de que não haveria nenhum risco. Apesar da falha ter sido apontada a um dos nutricionistas nas redes nos últimos dias, Petraglia reforçou que a responsabilidade absoluta é do departamento médico e de nutrição e que ainda não acusarão nem indicarão nomes enquanto uma culpa individual não estiver provada.

 

O clube já assumiu a responsabilidade e confessou que Camacho também ingeriu a substância, expondo o fato antes mesmo dos resultados dos testes. Apesar da situação, Petraglia disse estar tranquilo quanto aos outros jogadores, garantindo que nenhum outro tomou o medicamento e que não há motivos para as suspeitas de Bruno Guimarães e João Pedro.

 

Lamentando, o dirigente ainda pediu para que a imprensa ajude os atletas nesse momento difícil, já que não há outra forma de amenizar. “Assumimos por escrito a culpa. O clube assumiu a responsabilidade e confessamos. Que essa situação não macule a imagem dos atletas. Doping é difícil na vida do profissional do esporte, é um tabu, com razão, e dessa vez eles não podem ficar com essa marca porque foram exclusivamente vítimas da instituição”, reiterou. Já sobre o apoio que o Athletico pode dar aos jogadores, o presidente deixou claro que é algo que não tem preço e não pode ser revisto, mas que o clube está à disposição de dar todo o suporte. “Vai atenuar, vai deixar com menos dor, mas não há conserto. Faremos tudo para dar o suporte aos atletas, mas será muito pouco”, finalizou.

 

Como funciona o doping

 

O exame de doping é feito com dois jogadores a cada partida. Thiago Heleno foi pego no dia 9 de abril na partida contra o Tolima. Camacho foi selecionado duas vezes, pela Conmebol e CBF, sendo a primeira vez no dia 24 de abril, mas o clube ainda não recebeu a prova. Segundo o regulamento, em casos como esse de doping não intencional, o atleta pode ser punido com uma advertência a dois anos de suspensão, pois entende-se que também é responsável pelo que ingere.

 

O exame é feito com dois potes de urina por jogador. O primeiro teste é feito com somente um dos potes, o segundo fica para o caso de uma contraprova. No caso do zagueiro, os dois exames vieram com resultado positivo. Já o volante ainda aguarda os resultados. O clube ainda não notificou o Corinthians sobre a situação de Camacho, pois está esperando as provas.