Na segunda partida da pré-temporada de 2020, depois do empate e derrota contra o Racing, o Athletico buscou um bom resultado contra um dos maiores times da América, o Boca Juniors, no Torneio de Verão da Argentina.

Sem Bruno Guimarães, na seleção pré-olímpica, e Rony, que não viajou por conta de negociações, o desafio era voltar para Curitiba com uma vitória e provar que a temporada com Dorival Júnior têm o potencial de ser tão grande quanto, ou ainda maior, à de 2019. A última vez que os times se enfrentaram, o Athletico foi eliminado da Copa Libertadores 2019. A partida com gosto de expectativa e vingança levou os xeneizes a lotarem o estádio em San Juan.

Apesar das expectativas, a marcação e o contra-ataque matador dos argentinos não deram chance à vitória rubro-negra. Em uma derrota truncada por 3 a 1, o Athletico retorna à Curitiba com duas derrotas na pré-temporada na Argentina, apesar de ter mostrado um bom futebol.

Primeira parte

O Athletico iniciou o jogo agressivo, com a primeira chegada ao gol com Leo Cittadini aos dois minutos. O Boca também persistiu na pressão inicial, retribuindo a velocidade do oponente. Com o jogo truncado, o clima era de um jogo caloroso, literalmente. Nos primeiros 15 minutos os jogadores já estavam desgastados com o calor de 33 graus às 22 horas. Apesar da agressividade inicial e da marcação acirrada, bastou um erro da defesa com Léo Pereira para levar ao time argentino balançar a rede pela primeira vez. Mauro Zárate aproveitou a brecha dada pela defesa e marcou com um chute rasteiro aos 18 minutos. Jogadores e equipe técnica do Furacão reclamaram de falta no camisa 96 no lance do gol, o que fez com que Nikão levasse cartão amarelo por reclamação.

O Furacão reagiu insistindo na pressão em busca do empate, mesmo com o alto risco do contra-ataque argentino. Depois de um contra-ataque muito perigoso, Léo Pereira conseguiu reverter em um lance rápido que terminou em um gol de Nikão, deixando tudo igual contra os hermanos. Mas o alívio durou pouco, apenas um ataque do time brasileiro. Novamente em uma jogada rápida em contra-ataque e com a marcação focando apenas na bola, Mauro Zárarte fez o segundo do Boca chutando por cima de Santos aos 35 minutos.

Com o clima quente, apesar de ser um jogo amistoso, a busca pelo empate manteve a agressividade nas jogadas, que logo estourou em conflito entre Cittadini e Alonso nos últimos 10 minutos do primeiro tempo.  Depois do empurra-empurra, os dois times não diminuíram o ritmo. O Athletico chegava à área com dificuldade e o Boca ficou perto de marcar o terceiro aos 44 minutos. No mesmo clima, a primeira parte terminou, deixando a expectativa pelo empate para o retorno do vestiário.

Segunda parte

Ambos os times retornaram ao campo com  mudanças na equipe. Wellington, Matheus Rossetto, Matheus Anjos, Guilherme Bissoli e Marquinhos Gabriel entram no lugar de Lucho, Canesin, Cittadini, Nikão e Breno. O tempo iniciou com o mesmo clima de buscar o empate, mas o time curitibano sente os problemas de criatividade com a marcação acirrada dos argentinos. Jonathan e Lucas Halter entraram para tentar um reforço a mais.

Apesar da velocidade, o time visitante sentiu a ausência das estrelas do time. O ataque e a criatividade ficaram afetadas sem Rony e Bruno Guimarães. O Furacão chegava à área com cruzamentos longos, mas era parado na marcação. Até os 25 minutos o jogo decorreu sem chances de gol dos dois lados.

O clima quente e a velocidade da partida desgastaram os jogadores, que se esmeravam para conseguir finalizar uma jogada. O Boca fez cinco substituições até os 30 minutos e, o Athletico, oito, o limite estabelecido pelo regulamento do torneio.

Em uma das únicas jogadas finalizadas, o Boca pintou seu terceiro gol. Marquinhos se atrapalha na marcação e Tevez conseguiu a bola, cruzou para Reynoso, que balançou a rede. Animados pelo gol, o time de Buenos Aires conseguiu chegar mais vezes ao gol de santos com jogadas rápidas perigosas. O Athletico não desanimou, e jogou até o fim dos acréscimos em busca de um gol. Apesar do esforço, o jogo terminou com o placar da vitória do Boca Juniors com a vantagem de dois gols e o Furacão terminou sua participação na Argentina sem vitórias.