A trajetória do ex-jogador e cronista esportivo, Barcímio Sicupira, maior artilheiro da história do Club Athletico Paranaense, virou livro e neste sábado, dia 3 de outubro, aconteceu o evento de lançamento, na Pedreira Paulo Leminski. 

O lugar e a forma para o lançamento do livro foram escolhidos para que o ídolo pudesse estar presente e seguro. Com lotação máxima e no estilo Drive-In, guiado por QR code, 200 carros prestigiaram o “Craque da 8” e Sandro Moser, escritor da biografia, falando tudo sobre “Sicupira – Vida e gols de um craque chamado Barcímio”.

O evento durou cerca de 1 hora e meia e contou com filmes da trajetória do craque, perguntas de torcedores e homenagens de amigos, como o Rivelino, que atuou ao lado de Sicupira em 1972, no Corinthians, e de Galvão Bueno. 

Durante toda a sua trajetória no futebol e depois como comentarista esportivo, Sicupira sempre foi respeitado por todos os clubes do Paraná, dando até o nome a taça do primeiro turno do Campeonato Paranaense. Rodrigo Meister estava presente no evento, e diferente da grande maioria de torcedores atleticanos, é torcedor do Paraná Clube. Em entrevista concedida ao Portal Trétis, falou sobre a grande influência do craque em seu time: 

“Sicupira foi revelado pelo Ferroviário, time que deu origem ao Paraná Clube, então temos essa referência, além de ser uma pessoa sensacional e junto com Sandro Moser formou uma dupla de ouro.” 

Além de um grande público que acompanhou de perto a trajetória de Sicupira, era visível que o público mais novo também marcava presença. Nicolas Haag, atleticano e que sonha em ser jogador de futebol, diz conhecer e se inspirar no “Craque da 8”. Sobre o assunto, Sicupira afirma que é a força da comunicação. 

“Quando você torce, você pesquisa sobre o clube. Zico no Flamengo, Pelé no Santos e Sicupira no Athletico. É um orgulho muito grande e eu faço bastante esforço para ficar dentro dessas duas linhas de gerações.” 

Segundo o autor do livro, Sandro Moser, a biografia não poderia ter sido diferente. A história do maior artilheiro do Athletico tinha que ser contada por um torcedor do clube.

“Ao mesmo tempo que é uma honra, é uma responsabilidade muito grande. Então eu fui o mais caprichoso possível, dediquei mais 1 ano e meio para a construção do livro, fiz um longo trabalho de apuração, pesquisa em jornais antigos e longas entrevistas, para estar à altura desse ídolo. E escrever esse livro foi o mais perto de realizar o meu sonho de fazer um gol pelo meu clube de coração.”

Após muita emoção e o fim do evento, em entrevista Sicupira resumiu sua carreira no futebol em alegria, seriedade e o amor à profissão. E ainda declarou seu amor ao clube em que é ídolo. 

“Eu sou atleticano porque eu vivi pelo Athletico. Vivi durante 8 anos e fui pago para isso, só que entrou muito em mim, foi uma atenção tão grande que eu jamais poderia esquecer.”

Barcímio Sicupira Jr. nasceu na cidade da Lapa em 1944. Começou a carreira pelo Clube Atlético Ferroviário no final dos anos 1950, teve passagens pelo Botafogo de Futebol e Regatas (RJ) em 1967 e pelo Botafogo F. C (SP) em 1967. Em 1968, foi contratado pelo Athletico onde conquistou o título de 1970 e marcou 158 gols, consagrando-se o maior artilheiro da história do clube. Em 1972, jogou no Corinthians (SP). Formado em educação física, foi professor universitário e da rede municipal de ensino público. É comentarista de rádio e televisão desde 1976.