Portal Trétis – Tudo sobre o Athletico Paranaense

O Athletico foi absolvido em processo no STJD (Superior tribunal de justiça desportiva) que previa punir o clube em R$50 mil e com a perda de quatro mandos de campo. Punição seria em razão de ato de racismo protagonizado por um torcedor, na partida contra o Flamengo no dia 07/05.

Furacão teria que mandar jogos com portões fechados e seria obrigado a banir torcedor por 720 dias da entrada em seu estádio. O Athletico foi absolvido por maioria de votos em julgamento na última semana. A Trétis tentou contato com o advogado Paulo Golambiuk, que representou o Furacão no processo, mas ainda não teve respostas.

Torcedor fez gestos que imitavam macaco, direcionado a torcedores do Flamengo

No dia seguinte ao ocorrido, o Athletico encaminhou as informações do torcedor acusado às autoridades competentes e se posicionou contra o racismo: “O Athletico Paranaense reforça o compromisso de combater todo e qualquer tipo de atitude discriminatória dentro de seu estádio”.

Caso foi o primeiro de 2023 e o quarto desde dezembro de 2021

Dois casos na final da Copa do Brasil daquele ano, contra o Atlético-MG, tiveram encaminhamento à Demafe (Delegacia móvel de atendimento a futebol e eventos), que indiciou torcedores. Casos foram encaminhados, também, ao STJD, em que clube foi absolvido.

Em 2022, outros dois casos na mesma partida foram encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Em jogo contra o São Paulo, em 31/07, dois torcedores foram flagrados em manifestações racistas direcionadas à torcida visitante – Furacão identificou e encaminhou informações dos torcedores às autoridades e à sua Câmara de Ética e Disciplina.

Torcedora fez gestos racistas à torcida do São Paulo

Em todos os últimos casos o Athletico identificou os criminosos

Clube disponibiza, inclusive, área para denúncia de casos de racismo em seu portal ‘Matchday‘. Na partida contra o Grêmio, na Arena da Baixada, no último dia 27/05, jogadores se sentaram em campo após o apito inicial em adesão à campanha “Com racismo não tem jogo”, da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Resolução do governo vigente, assinada no início do ano, equiparou crimes de injúria racial e racismo, agora, imprescretíveis e inafiançáveis. A CBF publicou parecer no início do Campeonato Brasileiro que alegava que times poderiam sofrer punições esportivas – como a perda de pontos – em 2023.

Medidas de conscientização contra o racismo tem se tornado frequentes na Arena da Baixada. Em 2022, depois dos atos da partida contra o São Paulo, telões da Arena da Baixada brilharam apenas em preto e branco. Clube ainda tem faixa oficial com frase antirracista e lançou campanha, também em 2022, com o lema de “somos rubro e negros”.